segunda-feira, 13 de setembro de 2010

DIA DA ESCOLA DOMINICAL

História da Escola Dominical

Surgiu na Inglaterra, com o propósito de evangelizar crianças que ficavam sem atividade durante os serviços de domingo. Atualmente, esta atividade envolve os membros da congregação, em todas as faixas etárias e acontece em horário diverso ao serviço religioso. No Brasil, a maioria das comunidades adota a EBD matinal e os serviços religiosos vespertinos, mas algumas realizam a EBD horas antes do início dos cultos. Em países como EUA e na Inglaterra, todas as atividades dominicais acontecem durante a manhã.



SÍNTESE HISTÓRICA 

As origens da Escola Dominical remontam aos tempos bíblicos quando o Senhor ordenou ao seu povo Israel que ensinasse a Lei de geração a geração. Dessa forma a história do ensino bíblico descortina-se a partir dos dias de Moisés, passando pelos tempos dos reis, dos sacerdotes e dos profetas, de Esdras, do ministério terreno do Senhor Jesus e da Primitiva Igreja. Não fossem esses inícios tão longínquos, não teríamos hoje a Escola Dominical.
A Escola Dominical do nosso tempo nasceu da visão de um homem que, compadecido com as crianças de sua cidade, quis dar-lhes um novo e promissor horizonte. Como ficar insensível ante a situação daqueles meninos e meninas que, sem rumo, perambulavam pelas ruas de Gloucester? Nesta Cidade, localizada no Sul da Inglaterra, a delinqüência infantil era um problema que parecia insolúvel.
Aqueles menores roubavam, viciavam-se e eram viciados; achavam-se sempre envolvidos nos piores delitos.
É nesse momento tão difícil que o jornalista episcopal Robert Raikes entra em ação. Tinha ele 44 anos quando saiu pelas ruas a convidar os pequenos transgressores a que se reunissem todos os domingos para aprender a Palavra de Deus. Juntamente com o ensino religioso, ministrava-lhes Raikes várias matérias seculares: matemática, história e a língua materna - o inglês. Não demorou muito, e a escola de Raikes já era bem popular. Entretanto, a oposição não tardou a chegar. Muitos eram os que o acusavam de estar quebrando o domingo. Onde já se viu comprometer o dia do Senhor com esses moleques? Será que o Sr. Raikes não sabe que o domingo existe para ser consagrado a Deus?
Robert Raikes sabia-o muito bem. Ele também sabia que Deus é adorado através de nosso trabalho amoroso incondicional.
Embora haja começado a trabalhar em 1930, foi somente em 1783, após três anos de oração, observações e experimentos, que Robert Raikes resolveu divulgar os resultados de sua obra pioneira. Então, no dia três de novembro de 1783, Raikes publica, em seu jornal, o que Deus operara e continuava a operar na vida daqueles meninos de Gloucester. 


  No Brasil, a primeira Escola Dominical 
nasceu em Petrópolis, RJ, 
no dia 19 de agosto de 1855, 
na casa do médico e missionário escocês Robert Kalley. 
Nesse primeiro dia havia cinco crianças presentes,
e a esposa, Sarah Kalley, 
contou-lhes a história de Jonas.









HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL NO BRASIL
 
Os missionários escoceses Robert e Sara Kalley são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. 
Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a primeira Escola Dominical em terras brasileiras. Sua audiência não era grande; apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florescesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. 
Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Dominical do Brasil, ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.
O primeiro trabalho promovido pela Igreja Presbiteriana em nosso país, em língua portuguesa, foi a Escola Dominical. Isso aconteceu no Rio de Janeiro, no dia 22 de abril de 1862. A escola foi dirigida pelo Rev Ashebell Green Simonton, missionário presbiteriano.
A Escola Dominical é o principal instrumento de evangelização e instrução. Geralmente, ela nasce antes da Igreja, e o seu rol de alunos é, quase sempre, maior do que o rol de membros da Igreja. Sem ela seria muito difícil levar o evangelho até os confins da terra.
O terceiro domingo de setembro foi a data reservada pela Igreja Presbiteriana para a comemoração do Dia da Escola Dominical.
 
     A Escola Dominical nasceu na Inglaterra, em 1780. Em Gloucester, uma cidade não muito distante de Londres, residia o jornalista Robert Raikes,  44 anos, proprietário do Gloucester Journal, fundado por seu pai. Nessa época a situação moral e espiritual do país era preocupante. Raikes observou que entre as causas dos crimes e bebedice desenfreada estava a ignorância. As crianças trabalhavam durante a semana e, aos domingos, ficavam nas ruas. Para esses meninos, Raikes teve a idéia de organizar uma escola que funcionaria aos domingos, e não cuidaria apenas da educação secular, mas daria também a educação religiosa e teria a Bíblia como livro-texto.    Assim, em 20 de julho de 1780, nasceu a  escola dominical.  A idéia se espalhou por todo o país. João Wesley deu total apoio ao movimento. Em 1875 organizou-se em Londres a Sociedade para Promoção das Escolas Dominicais nos Domingos Britânicos. No ano seguinte havia 200 mil crianças matriculadas.



QUEM É O PROFESSOR(A) DA ESCOLA DOMINICAL
 A diretoria da Escola Dominical tem grande responsabilidade, diz a palavra de Deus: “ não havendo sábia direção, o povo cai” (Pv.11.14 e Ec.10.16).

O professor(a) da Escola Dominical possui muitas qualidades, entre as quais: ser aplicado na palavra de Deus, nas suas histórias, suas doutrinas e assuntos necessários ao bom desempenho de sua missão.
TODOS - O aluno é o elemento mais importante da Escola Dominical. A escola existe por causa dele.

A posição espiritual do professor(a), é de honra e responsabilidade, pois ele ensina por amor a Deus, por gratidão a Deus e porque Deus ordenou (Mt. 28.19-21).

O professor(a), tem propósitos no ensino: ganhar almas para Jesus, desenvolver a espiritualidade dos alunos e treinar os alunos para a vida e para o serviço do Mestre.

 
O professor(a), deve ter preparo espiritual (l Pedro 3.15), intelectual, social, físico, ser disciplinado, paciente, dedicado, comprometido e pontual.

 
O material usado pelo professor(a), envolve a Bíblia, a revista da Escola Dominical, o esboço da lição, as fontes de consulta, a arrumação da sala, as boas vindas aos alunos e visitantes, os cumprimentos aos aniversariantes e a oração constante.

O professor(a) tem seus métodos de ensino, podendo ser a preleção (Mt. 5.1), perguntas e respostas, o método de discussão, da leitura, das tarefas, o demonstrativo e o audiovisual.

O professor(a) pode usar como acessórios de ensino: quadro, gravuras, flanelógrafo, projetor, transparência, slides, mapas bíblicos, livros de trabalho, manuais, lápis de cores e cartolina.

 
O professor(a) precisa ser crente fiel, vestir a camisa de discipulador de Cristo, assíduo, preparar-se com antecedência para as aulas, e entender a Escola Dominical como prioritária e fundamental na construção do reino de Deus.

Afinal a Escola Dominical, está trabalhando no sentido de levar seus alunos à estatura e semelhança de Cristo (Ef. 4. 11-16) e para isto os professores são guia e modelo. O que ensina, esmere-se em fazê-lo (Rm 12.7b).

Queridos professores da Escola Dominical da Igreja Presbiteriana, agradecemos a Deus por suas vidas e somos gratos por todo o ensino que nos têm dispensado. Abençoados sejam vocês pelo Senhor, constantemente, juntamente com todos os seus familiares.


  
Nos séculos passados, 
a igreja era só para adultos.
Os meninos ficavam perambulando pelas ruas.
Então, Robert Raikes, 

preocupado com o futuro dessas crianças, 
teve a feliz idéia de buscar uma forma de lhes ensinar princípios. 
E assim nasceu a maior escola do mundo, hoje chamada Escola Bíblica Dominical.

 

 

 

Robert Raikes e a Primeira Escola Dominical no Mundo

A Escola Dominical, como criação protestante, tem sido reclamada a sua criação para diversas pessoas, muitas delas metodistas, devido a própria visão social que o Grande Despertamento fazia revelar-se nos líderes avivalistas.
John Wesley iniciou estudos bíblicos dominicais em Savannah, Geórgia, em 1737. Entre 1763 e 1769, Hannah Ball Moore, uma senhora metodista começou estudos bíblicos dominicais em sua própria casa e, a partir de 1769, nas dependências da Igreja (Anglicana) High Wycombe. Na década de 1770, o Ministro Unitariano Theophilus Lindsey proveu lições bíblicas dominicais em sua igreja, a Capela da Rua Essex, em Londres. O Rev. J. M. Moffatt,, Ministro Independente de Nailsworth, passou a lecionar estudos bíblicos dominicais já em 1774. Em Ephata, Pennsylvania, em Washington, no Estado de Connecticut, no início de 1780 já se usavam o Catecismo de Westminster e a Bíblia em estudos bíblicos dominicais das igrejas presbiterianas. Howard J. Harris declarou que, em 1780, estudos bíblicos dominicais eram feitos em cidades de Gloucester e em vilas da Inglaterra, como Painswick e Dursley. E um ministro metodista de Charleston, Carolina do Sul, em 1787, chamado George Daughaday, administrou estudos bíblicos dominicais a crianças negras americanas. Mas o Movimento de Escola Dominical, propriamente dito, teve como criador Robert Raikes.
Robert Raikes (14 de Setembro de 1735-5 de Abril de 1811), filho de Robert e Mary Raikes, foi quem originou o Movimento de Escola Dominical. Anglicano, Raikes foi batizado na infância na Igreja (Anglicana) de Santa Maria da Cripta e educado na Escola da Cripta, ambos na Rua Southgate, em Gloucester, e, mais tarde, na Escola dos Reis. Tornou-se aprendiz de Jornalismo com seu pai, dono do Diário de Gloucester. Quando seu pai faleceu, em 1757, Raikes assumiu a editoria do jornal, aumentando o tamanho do jornal e melhorando o layout.
Raikes se interessava pela reforma prisional inglesa, por causas das condições terríveis a que os presos eram submetidos. Certo dia, procurando um jardineiro na Rua Saint Catherine, no bairro de Sooty Alley, ele encontrou um grupo de crianças maltrapilhas brincando na rua. A esposa do jardineiro disse, então, que aos domingos a situação era pior, pois as crianças que trabalhavam nas fábricas, de segunda a sábado, durante horas muito longas, ficavam desocupadas nesse dia, quase abandonadas, passando o tempo brincando, brigando e aprendendo toda espécie de vícios. Elas extravasavam toda sorte de violência nesse dia. Essas crianças, constatou Raikes, estavam a um passo do mundo do crime e ele chegou a ver o destino de muitas delas, ao visitar as prisões de Gloucester.
Raikes resolveu estabelecer uma escola gratuita para esses meninos de rua. Então, Raikes contratou uma equipe de quatro mulheres no bairro para lecionar, recebendo um xelim e seis pence, cada uma. Com a ajuda do Rev. Thomas Stock, Ministro Anglicano, Raikes pôde logo associar cem crianças, de seis aos doze ou quatorze anos, nestas escolas dominicais. A primeira foi instalada na Rua Saint Catherine. Seu objetivo principal não era ensinar a Bíblia, mas alfabetizar os alunos e ministrar aulas de religião com o propósito de reformar a sociedade. O objetivo último era modificar-lhes o caráter usando os ensinamentos bíblicos.
Assim, a Escola Dominical nasceu como um instituto bíblico infantil, operando de forma independente das igrejas, alfabetizando e ensinando Bíblia às crianças carentes. Algumas crianças, a princípio, relutaram em vir para as escolas porque as suas roupas estavam tão rotas, mas Raikes providenciou tudo de que eles precisavam, inclusive banho e cabelos penteados.
As aulas começavam às 10 horas da manhã e iam até as duas da tarde, com lições de matemática, história e inglês, com um intervalo de uma hora para o almoço. Eles eram levados então à igreja para serem instruídos no catecismo até as 17:30 h. Recebiam pequenas recompensas, como livros, canetas, jogos, aqueles que tivessem dominado a lição ou aqueles cujo comportamento tivessem mostrado uma melhoria notável. Entrementes, recebiam castigo corporal aqueles de mau comportamento, como era do costume pedagógico da época.
Depois de um período experimental, Raikes divulgou suas idéia e os resultados em seu jornal, no dia 3 de Novembro de 1783, data em que se comemora, na Grã-Bretanha, o dia da Fundação da Escola Dominical. Esta experiência foi transcrita em outros jornais. Líderes religiosos tomaram conhecimento do movimento que se espalhava.
Em 1784, eram 250 mil alunos matriculados. A taxa de criminalidade de Gloucester caiu, com o advento das escolas dominicais de Raikes, de forma que em 1792 não houve um só caso julgado pela comarca de Gloucester.
O trabalho de Raikes foi saudado com entusiasmo, e em breve, escolas dominicais já estavam sendo criadas em todo o Reino Unido e exportadas para os Estados Unidos. Seu trabalho foi muito assessorado pelo comerciante William Fox (1736-1826), diácono da Igreja Batista da Rua Prescott, em Londres. Impressionado pelas escolas dominicais fundadas por Raikes que eram responsáveis pela redução do índice de criminalidade de Gloucester, Fox chamou Raikes para formar uma associação para promoção e criação de escolas dominicais. Foi criado, então em 1785, a Sunday School Society of Great Britain (Sociedade da Escola Dominical da Grã-Bretanha), com o apoio dos bispos anglicanos de Chester e Salisbury. Essa sociedade foi ajudada por muitos filantropos, podendo abrir cerca de trezentas escolas dominicais, suprindo-as com livros, material didático e professores. Esta sociedade publicou, na gráfica de Raikes, o Sunday School Companion, livro com versículos bíblicos para leitura. Em 1787, segundo depoimento de Samuel Glasse, 200 mil crianças eram alunas da Escola Dominical em toda a Inglaterra.
Houve, no entanto, uma forte oposição ao movimento de Raikes, que era considerado por alguns líderes religiosos como um movimento diabólico, porque era aparte das Igrejas e era dirigido por leigos, isto é, pessoas que não tinham formação religosa. O Arcebispo de Canterbury reuniu os bispos para considerar o que deveria ser feito para exterminar o movimento. Chegou-se a pedir que o Parlamento, em 1800, aprovasse um decreto para proibir o funcionamento de escolas dominicais. Achavam que este movimento levaria à desunião da Igreja e que profanava “o dia do Senhor”. Tal decreto nunca foi aprovado. Em 1802, Raikes se aposentou, e, em 1811, após um ataque de coração, veio a falecer. Seus alunos vieram ao funeral, na Igreja (Anglicana) de Santa Maria do Filão e receberam da Sra. Raikes um xelim e uma fatia de um grande bolo de ameixa cada um. Quando Raikes faleceu, quatrocentos mil alunos estavam matriculados nas diversas escolas dominicais britânicas. Nesse ano ocorreu a divisão em classes, possibilitando alfabetização de adultos.

A EBD na Renovada

A Igreja Renovada deu, desde o seu nascedouro, grande valor à Escola Dominical, reconhecendo seu relevante papel no ensino bíblico-doutrinário e na formação moral e social. Assim sendo, três anos depois de organizada, em 1978, sentindo a necessidade de um ensino mais objetivo, que priorizasse seus princípios distintivos, passou a editar suas próprias revistas de EBD. Empenhada em promover o desenvolvimento da EBD, realizou vários encontros para treinamento de professores e a Editora Aleluia publicou o Manual de Escola Bíblica Dominical. Muitas igrejas renovadas tiveram seu início numa Escola Dominical, como o caso da Central de Arapongas, em 1972.

   

John Wesley e o Movimento da Escola Dominical

John Wesley (1703-1791) também foi uma grande força por detrás da propagação do Movimento de Escola Dominical. Ele chegou a dizer que “encontro estas escolas aonde quer que eu vá”. Essa declaração foi publicada no Diário de Gloucester em julho de 1784. A Igreja Metodista da Inglaterra, fundada após sua morte, deve muito de seu fenomenal crescimento às Escolas Dominicais das Sociedades Metodistas da Igreja da Inglaterra, estabelecidas por Wesley, entre outros, na Inglaterra e nos Estados Unidos.

A Primeira Escola Dominical na América

Nos Estados Unidos, a primeira Escola Dominical reconhecida foi a escola bíblica fundada por William Elliot em 1802. Ela funcionava em sua fazenda aos domingos à tarde. Mais tarde, foi transferida para a Igreja (Anglicana) de Oak Grave, no condado de Accomac, Virgínia.
No começo do século XIX, foram fundadas muitas escolas dominicais nos mais diversos lugares dos Estados Unidos e o crescimento delas foi nada menos que fenomenal. Várias uniões formais de Escolas Dominicais foram organizadas, para ensino tanto de crianças quanto de adultos. Não demorou para que as Igrejas Evangélicas entendessem que era necessário ensinar a Bíblia a seus membros, em regime semanal, o que poderia ser feito, através da Escola Dominical. Em 1824, a União Americana de Escolas Dominicais contava com escolas em dezessete dos trinta e quatro estados americanos então existentes. Mesmo assim, a Escola Dominical continuava nas mãos de leigos em sua maioria, embora já contassem com profissionais do magistério então.

Fonte:
 

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