terça-feira, 28 de setembro de 2010

Dia do Idoso


"Os que confiam no Senhor são como o monte de Sião, que não se abala, firme para sempre" (Salmos 125:1)

A Comissão de Educação do Senado Federal criou, em 1999, o Dia Nacional do Idoso. O dia 27 de setembro passou, então, a ser dedicado à reflexão sobre os problemas e necessidades dessa parcela da população. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) os idosos estão divididos em três categorias: pré-idosos (entre 55 e 64 anos), os idosos jovens (entre 65 e 79 anos ou 60 e 69 anos, para quem vive na Ásia e na região do Pacífico) e idosos avançados (com mais de 70 ou 80 anos). O Brasil está alcançando o sexto lugar no ranking dos países do mundo com o maior número de idosos.

Como as eleições é o assunto do momento passo a lembrar alguns temas que pode ser do seu interesse.

Em primeiro lugar é bom lembrar que se você tiver mais de 70 anos  não é obrigado a votar. É bom saber também que os idosos (mais de 60 anos) tem preferência para votar. Solicite ao presidente da mesa sua preferência.
Quando a seção eleitoral se localiza em andares superiores de prédios, onde você não possa chegar por ser portador de necessidades especiais, você poderá contar com auxilio de pessoas de sua confiança, ainda que não tenha requerido antecipadamente ao juiz eleitoral.
O presidente da mesa receptora de votos, verificando ser imprescindivel que o eleitor, portador de necessidades especiais, seja auxiliado por pessoas de sua confiança para votar, autoriza o ingresso dessa segunda pessoa na cabine, com o eleitor,  podendo ela inclusive, digitar os números na urna. A pessoa  que ajudará o eleitor portador de necessidades especiais, não poderá estar a serviço da Justiça Eleitoral, de partido político ou de coligação.

Também acho importante comentar sobre qualidade vida. Não importa qual idade você tem. 
Um envelhecimento bem sucedido diz respeito a todas as faixas etárias. E quanto mais cedo se busca a qualidade de vida, maiores são os benefícios quando é chegada a terceira idade. Alimentação balanceada, atividade física regular e o fortalecimento das relações sociais são fundamentais. A verdade é que a vida é um grande investimento. O processo de fortalecimento deve ser contínuo.  A vida que se leva na juventude tem um impacto direto na velhice. As condições desfavoráveis de uma vida inteira eclodem na terceira idade, é quando se colhe os resultados das ações. Especialistas são unânimes ao afirmar que a mudança no comportamento deve começar o quanto antes. Mas, ressaltam também que nunca é tarde demais para adotar uma nova postura diante da vida, independente se você já está na terceira idade ou não. A população está envelhecendo e a busca é por mais qualidade de vida. Ao estabelecer novas relações sociais, realizar atividades variadas e cuidar da saúde, o idoso alcança importantes beneficios. 

Vamos falar um pouco sobre o Estatudo do Idoso, Lei 10741 de 01/10/2003.
O estatudo do idoso foi sancionado pelo presidente Lula em outubro de 2003 e entrou em vigor em janeiro de 2004. Os 118 artigos do documento regulamentam os direitos e deveres das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.
O Estatuto do Idoso veio como um forte braço de proteção aos sexagenários e seus anos seguintes.
Importante ressaltar que o artigo 71 traz uma grande inovação ao assegurar a prioridade na tramitação dos processos em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 anos, em qualquer grau de jurisdição.

O artigo 69 estabelece que deve ser aplicado o procedimento sumário subsidiariamente ao disposto no Estatuto do Idoso, no que tange o acesso à Justiça, uma vez que este procedimento caracteriza-se por ser mais simples (menor número de formalidades) e rápido (tempo de tramitação é menor).

 A Lei trata também dos crimes contra os idosos. Várias alterações foram introduzidas na legislação vigente para majorar penas de delitos praticados contra idosos, especialmente o homicídio, o abandono de incapaz, a injúria, o seqüestro, a extorsão mediante seqüestro e o abandono material, a contravenção de vias de fato e a tortura. As penas dos crimes da Lei Antitóxicos também serão agravadas se os criminosos contarem com a participação ou visarem idosos.

Veja os principais pontos do estatuto:

Saúde - O idoso tem atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição de remédios aos idosos, principalmente os de uso continuado (hipertensão, diabetes etc.), deve ser gratuita, assim como a de próteses e órteses.
 Os planos de saúde não podem reajustar as mensalidades de acordo com o critério da idade. O idoso internado ou em observação em qualquer unidade de saúde tem direito a acompanhante, pelo tempo determinado pelo profissional de saúde que o atende.

Quanto aos transportes coletivos os maiores de 65 anos têm direito ao transporte coletivo público gratuito. Antes do estatuto, apenas algumas cidades garantiam esse benefício aos idosos. A carteira de identidade é o comprovante exigido. Nos veículos de transporte coletivo é obrigatória a reserva de 10% dos assentos para os idosos, com aviso legível.

Nos transportes coletivos interestaduais, o estatuto garante a reserva de duas vagas gratuitas em cada veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos. Se o número de idosos excederem o previsto, eles devem ter 50% de desconto no valor da passagem, considerando-se sua renda.

Quanto ao abandono e uso da violência nenhum idoso poderá ser objeto de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão.

Quem discriminar o idoso, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte ou a qualquer outro meio de exercer sua cidadania pode ser condenado e a pena varia de seis meses a um ano de reclusão, além de multa. Famílias que abandonem o idoso em hospitais e casas de saúde, sem dar respaldo para suas necessidades básicas, podem ser condenadas a - penas de seis meses a três anos de detenção e multa.

Para os casos de idosos submetidos a condições desumanas, privados da alimentação e de cuidados indispensáveis, a pena para os responsáveis é de dois meses a um ano de prisão, além de multa. Se houver a morte do idoso, a punição será de 4 a 12 anos de reclusão.

Qualquer pessoa que se aproprie ou desvie bens, cartão magnético (de conta bancária ou de crédito), pensão ou qualquer rendimento do idoso é passível de condenação, com pena que varia de um a quatro anos de prisão, além de multa.

As entidades de Atendimento ao Idoso. O dirigente de instituição de atendimento ao idoso responde civil e criminalmente pelos atos praticados contra o idoso. A fiscalização dessas instituições fica a cargo do Conselho Municipal do Idoso de cada cidade, da Vigilância Sanitária e do Ministério Público.
A punição em caso de mau atendimento aos idosos vai de advertência e multa até a interdição da unidade e a proibição do atendimento aos idosos.

Quanto ao lazer, cultura e esporte todo idoso tem direito a 50% de desconto em atividades de cultura, esporte e lazer.

No tocante ao trabalho é proibida a discriminação por idade e a fixação de limite máximo de idade na contratação de empregados, sendo passível de punição quem o fizer. O primeiro critério de desempate em concurso público é o da idade, com preferência para os concorrentes com idade mais avançada.

Na parte referente à habitação é obrigatória a reserva de 3% das unidades residenciais para os idosos nos programas habitacionais públicos ou subsidiados por recursos públicos.

Temos muito para conversar sobre o Estatuto do Idoso. Um forte abraço. Parabéns.











 

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

DIA DA ESCOLA DOMINICAL

História da Escola Dominical

Surgiu na Inglaterra, com o propósito de evangelizar crianças que ficavam sem atividade durante os serviços de domingo. Atualmente, esta atividade envolve os membros da congregação, em todas as faixas etárias e acontece em horário diverso ao serviço religioso. No Brasil, a maioria das comunidades adota a EBD matinal e os serviços religiosos vespertinos, mas algumas realizam a EBD horas antes do início dos cultos. Em países como EUA e na Inglaterra, todas as atividades dominicais acontecem durante a manhã.



SÍNTESE HISTÓRICA 

As origens da Escola Dominical remontam aos tempos bíblicos quando o Senhor ordenou ao seu povo Israel que ensinasse a Lei de geração a geração. Dessa forma a história do ensino bíblico descortina-se a partir dos dias de Moisés, passando pelos tempos dos reis, dos sacerdotes e dos profetas, de Esdras, do ministério terreno do Senhor Jesus e da Primitiva Igreja. Não fossem esses inícios tão longínquos, não teríamos hoje a Escola Dominical.
A Escola Dominical do nosso tempo nasceu da visão de um homem que, compadecido com as crianças de sua cidade, quis dar-lhes um novo e promissor horizonte. Como ficar insensível ante a situação daqueles meninos e meninas que, sem rumo, perambulavam pelas ruas de Gloucester? Nesta Cidade, localizada no Sul da Inglaterra, a delinqüência infantil era um problema que parecia insolúvel.
Aqueles menores roubavam, viciavam-se e eram viciados; achavam-se sempre envolvidos nos piores delitos.
É nesse momento tão difícil que o jornalista episcopal Robert Raikes entra em ação. Tinha ele 44 anos quando saiu pelas ruas a convidar os pequenos transgressores a que se reunissem todos os domingos para aprender a Palavra de Deus. Juntamente com o ensino religioso, ministrava-lhes Raikes várias matérias seculares: matemática, história e a língua materna - o inglês. Não demorou muito, e a escola de Raikes já era bem popular. Entretanto, a oposição não tardou a chegar. Muitos eram os que o acusavam de estar quebrando o domingo. Onde já se viu comprometer o dia do Senhor com esses moleques? Será que o Sr. Raikes não sabe que o domingo existe para ser consagrado a Deus?
Robert Raikes sabia-o muito bem. Ele também sabia que Deus é adorado através de nosso trabalho amoroso incondicional.
Embora haja começado a trabalhar em 1930, foi somente em 1783, após três anos de oração, observações e experimentos, que Robert Raikes resolveu divulgar os resultados de sua obra pioneira. Então, no dia três de novembro de 1783, Raikes publica, em seu jornal, o que Deus operara e continuava a operar na vida daqueles meninos de Gloucester. 


  No Brasil, a primeira Escola Dominical 
nasceu em Petrópolis, RJ, 
no dia 19 de agosto de 1855, 
na casa do médico e missionário escocês Robert Kalley. 
Nesse primeiro dia havia cinco crianças presentes,
e a esposa, Sarah Kalley, 
contou-lhes a história de Jonas.









HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL NO BRASIL
 
Os missionários escoceses Robert e Sara Kalley são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. 
Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a primeira Escola Dominical em terras brasileiras. Sua audiência não era grande; apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florescesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. 
Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Dominical do Brasil, ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.
O primeiro trabalho promovido pela Igreja Presbiteriana em nosso país, em língua portuguesa, foi a Escola Dominical. Isso aconteceu no Rio de Janeiro, no dia 22 de abril de 1862. A escola foi dirigida pelo Rev Ashebell Green Simonton, missionário presbiteriano.
A Escola Dominical é o principal instrumento de evangelização e instrução. Geralmente, ela nasce antes da Igreja, e o seu rol de alunos é, quase sempre, maior do que o rol de membros da Igreja. Sem ela seria muito difícil levar o evangelho até os confins da terra.
O terceiro domingo de setembro foi a data reservada pela Igreja Presbiteriana para a comemoração do Dia da Escola Dominical.
 
     A Escola Dominical nasceu na Inglaterra, em 1780. Em Gloucester, uma cidade não muito distante de Londres, residia o jornalista Robert Raikes,  44 anos, proprietário do Gloucester Journal, fundado por seu pai. Nessa época a situação moral e espiritual do país era preocupante. Raikes observou que entre as causas dos crimes e bebedice desenfreada estava a ignorância. As crianças trabalhavam durante a semana e, aos domingos, ficavam nas ruas. Para esses meninos, Raikes teve a idéia de organizar uma escola que funcionaria aos domingos, e não cuidaria apenas da educação secular, mas daria também a educação religiosa e teria a Bíblia como livro-texto.    Assim, em 20 de julho de 1780, nasceu a  escola dominical.  A idéia se espalhou por todo o país. João Wesley deu total apoio ao movimento. Em 1875 organizou-se em Londres a Sociedade para Promoção das Escolas Dominicais nos Domingos Britânicos. No ano seguinte havia 200 mil crianças matriculadas.



QUEM É O PROFESSOR(A) DA ESCOLA DOMINICAL
 A diretoria da Escola Dominical tem grande responsabilidade, diz a palavra de Deus: “ não havendo sábia direção, o povo cai” (Pv.11.14 e Ec.10.16).

O professor(a) da Escola Dominical possui muitas qualidades, entre as quais: ser aplicado na palavra de Deus, nas suas histórias, suas doutrinas e assuntos necessários ao bom desempenho de sua missão.
TODOS - O aluno é o elemento mais importante da Escola Dominical. A escola existe por causa dele.

A posição espiritual do professor(a), é de honra e responsabilidade, pois ele ensina por amor a Deus, por gratidão a Deus e porque Deus ordenou (Mt. 28.19-21).

O professor(a), tem propósitos no ensino: ganhar almas para Jesus, desenvolver a espiritualidade dos alunos e treinar os alunos para a vida e para o serviço do Mestre.

 
O professor(a), deve ter preparo espiritual (l Pedro 3.15), intelectual, social, físico, ser disciplinado, paciente, dedicado, comprometido e pontual.

 
O material usado pelo professor(a), envolve a Bíblia, a revista da Escola Dominical, o esboço da lição, as fontes de consulta, a arrumação da sala, as boas vindas aos alunos e visitantes, os cumprimentos aos aniversariantes e a oração constante.

O professor(a) tem seus métodos de ensino, podendo ser a preleção (Mt. 5.1), perguntas e respostas, o método de discussão, da leitura, das tarefas, o demonstrativo e o audiovisual.

O professor(a) pode usar como acessórios de ensino: quadro, gravuras, flanelógrafo, projetor, transparência, slides, mapas bíblicos, livros de trabalho, manuais, lápis de cores e cartolina.

 
O professor(a) precisa ser crente fiel, vestir a camisa de discipulador de Cristo, assíduo, preparar-se com antecedência para as aulas, e entender a Escola Dominical como prioritária e fundamental na construção do reino de Deus.

Afinal a Escola Dominical, está trabalhando no sentido de levar seus alunos à estatura e semelhança de Cristo (Ef. 4. 11-16) e para isto os professores são guia e modelo. O que ensina, esmere-se em fazê-lo (Rm 12.7b).

Queridos professores da Escola Dominical da Igreja Presbiteriana, agradecemos a Deus por suas vidas e somos gratos por todo o ensino que nos têm dispensado. Abençoados sejam vocês pelo Senhor, constantemente, juntamente com todos os seus familiares.


  
Nos séculos passados, 
a igreja era só para adultos.
Os meninos ficavam perambulando pelas ruas.
Então, Robert Raikes, 

preocupado com o futuro dessas crianças, 
teve a feliz idéia de buscar uma forma de lhes ensinar princípios. 
E assim nasceu a maior escola do mundo, hoje chamada Escola Bíblica Dominical.

 

 

 

Robert Raikes e a Primeira Escola Dominical no Mundo

A Escola Dominical, como criação protestante, tem sido reclamada a sua criação para diversas pessoas, muitas delas metodistas, devido a própria visão social que o Grande Despertamento fazia revelar-se nos líderes avivalistas.
John Wesley iniciou estudos bíblicos dominicais em Savannah, Geórgia, em 1737. Entre 1763 e 1769, Hannah Ball Moore, uma senhora metodista começou estudos bíblicos dominicais em sua própria casa e, a partir de 1769, nas dependências da Igreja (Anglicana) High Wycombe. Na década de 1770, o Ministro Unitariano Theophilus Lindsey proveu lições bíblicas dominicais em sua igreja, a Capela da Rua Essex, em Londres. O Rev. J. M. Moffatt,, Ministro Independente de Nailsworth, passou a lecionar estudos bíblicos dominicais já em 1774. Em Ephata, Pennsylvania, em Washington, no Estado de Connecticut, no início de 1780 já se usavam o Catecismo de Westminster e a Bíblia em estudos bíblicos dominicais das igrejas presbiterianas. Howard J. Harris declarou que, em 1780, estudos bíblicos dominicais eram feitos em cidades de Gloucester e em vilas da Inglaterra, como Painswick e Dursley. E um ministro metodista de Charleston, Carolina do Sul, em 1787, chamado George Daughaday, administrou estudos bíblicos dominicais a crianças negras americanas. Mas o Movimento de Escola Dominical, propriamente dito, teve como criador Robert Raikes.
Robert Raikes (14 de Setembro de 1735-5 de Abril de 1811), filho de Robert e Mary Raikes, foi quem originou o Movimento de Escola Dominical. Anglicano, Raikes foi batizado na infância na Igreja (Anglicana) de Santa Maria da Cripta e educado na Escola da Cripta, ambos na Rua Southgate, em Gloucester, e, mais tarde, na Escola dos Reis. Tornou-se aprendiz de Jornalismo com seu pai, dono do Diário de Gloucester. Quando seu pai faleceu, em 1757, Raikes assumiu a editoria do jornal, aumentando o tamanho do jornal e melhorando o layout.
Raikes se interessava pela reforma prisional inglesa, por causas das condições terríveis a que os presos eram submetidos. Certo dia, procurando um jardineiro na Rua Saint Catherine, no bairro de Sooty Alley, ele encontrou um grupo de crianças maltrapilhas brincando na rua. A esposa do jardineiro disse, então, que aos domingos a situação era pior, pois as crianças que trabalhavam nas fábricas, de segunda a sábado, durante horas muito longas, ficavam desocupadas nesse dia, quase abandonadas, passando o tempo brincando, brigando e aprendendo toda espécie de vícios. Elas extravasavam toda sorte de violência nesse dia. Essas crianças, constatou Raikes, estavam a um passo do mundo do crime e ele chegou a ver o destino de muitas delas, ao visitar as prisões de Gloucester.
Raikes resolveu estabelecer uma escola gratuita para esses meninos de rua. Então, Raikes contratou uma equipe de quatro mulheres no bairro para lecionar, recebendo um xelim e seis pence, cada uma. Com a ajuda do Rev. Thomas Stock, Ministro Anglicano, Raikes pôde logo associar cem crianças, de seis aos doze ou quatorze anos, nestas escolas dominicais. A primeira foi instalada na Rua Saint Catherine. Seu objetivo principal não era ensinar a Bíblia, mas alfabetizar os alunos e ministrar aulas de religião com o propósito de reformar a sociedade. O objetivo último era modificar-lhes o caráter usando os ensinamentos bíblicos.
Assim, a Escola Dominical nasceu como um instituto bíblico infantil, operando de forma independente das igrejas, alfabetizando e ensinando Bíblia às crianças carentes. Algumas crianças, a princípio, relutaram em vir para as escolas porque as suas roupas estavam tão rotas, mas Raikes providenciou tudo de que eles precisavam, inclusive banho e cabelos penteados.
As aulas começavam às 10 horas da manhã e iam até as duas da tarde, com lições de matemática, história e inglês, com um intervalo de uma hora para o almoço. Eles eram levados então à igreja para serem instruídos no catecismo até as 17:30 h. Recebiam pequenas recompensas, como livros, canetas, jogos, aqueles que tivessem dominado a lição ou aqueles cujo comportamento tivessem mostrado uma melhoria notável. Entrementes, recebiam castigo corporal aqueles de mau comportamento, como era do costume pedagógico da época.
Depois de um período experimental, Raikes divulgou suas idéia e os resultados em seu jornal, no dia 3 de Novembro de 1783, data em que se comemora, na Grã-Bretanha, o dia da Fundação da Escola Dominical. Esta experiência foi transcrita em outros jornais. Líderes religiosos tomaram conhecimento do movimento que se espalhava.
Em 1784, eram 250 mil alunos matriculados. A taxa de criminalidade de Gloucester caiu, com o advento das escolas dominicais de Raikes, de forma que em 1792 não houve um só caso julgado pela comarca de Gloucester.
O trabalho de Raikes foi saudado com entusiasmo, e em breve, escolas dominicais já estavam sendo criadas em todo o Reino Unido e exportadas para os Estados Unidos. Seu trabalho foi muito assessorado pelo comerciante William Fox (1736-1826), diácono da Igreja Batista da Rua Prescott, em Londres. Impressionado pelas escolas dominicais fundadas por Raikes que eram responsáveis pela redução do índice de criminalidade de Gloucester, Fox chamou Raikes para formar uma associação para promoção e criação de escolas dominicais. Foi criado, então em 1785, a Sunday School Society of Great Britain (Sociedade da Escola Dominical da Grã-Bretanha), com o apoio dos bispos anglicanos de Chester e Salisbury. Essa sociedade foi ajudada por muitos filantropos, podendo abrir cerca de trezentas escolas dominicais, suprindo-as com livros, material didático e professores. Esta sociedade publicou, na gráfica de Raikes, o Sunday School Companion, livro com versículos bíblicos para leitura. Em 1787, segundo depoimento de Samuel Glasse, 200 mil crianças eram alunas da Escola Dominical em toda a Inglaterra.
Houve, no entanto, uma forte oposição ao movimento de Raikes, que era considerado por alguns líderes religiosos como um movimento diabólico, porque era aparte das Igrejas e era dirigido por leigos, isto é, pessoas que não tinham formação religosa. O Arcebispo de Canterbury reuniu os bispos para considerar o que deveria ser feito para exterminar o movimento. Chegou-se a pedir que o Parlamento, em 1800, aprovasse um decreto para proibir o funcionamento de escolas dominicais. Achavam que este movimento levaria à desunião da Igreja e que profanava “o dia do Senhor”. Tal decreto nunca foi aprovado. Em 1802, Raikes se aposentou, e, em 1811, após um ataque de coração, veio a falecer. Seus alunos vieram ao funeral, na Igreja (Anglicana) de Santa Maria do Filão e receberam da Sra. Raikes um xelim e uma fatia de um grande bolo de ameixa cada um. Quando Raikes faleceu, quatrocentos mil alunos estavam matriculados nas diversas escolas dominicais britânicas. Nesse ano ocorreu a divisão em classes, possibilitando alfabetização de adultos.

A EBD na Renovada

A Igreja Renovada deu, desde o seu nascedouro, grande valor à Escola Dominical, reconhecendo seu relevante papel no ensino bíblico-doutrinário e na formação moral e social. Assim sendo, três anos depois de organizada, em 1978, sentindo a necessidade de um ensino mais objetivo, que priorizasse seus princípios distintivos, passou a editar suas próprias revistas de EBD. Empenhada em promover o desenvolvimento da EBD, realizou vários encontros para treinamento de professores e a Editora Aleluia publicou o Manual de Escola Bíblica Dominical. Muitas igrejas renovadas tiveram seu início numa Escola Dominical, como o caso da Central de Arapongas, em 1972.

   

John Wesley e o Movimento da Escola Dominical

John Wesley (1703-1791) também foi uma grande força por detrás da propagação do Movimento de Escola Dominical. Ele chegou a dizer que “encontro estas escolas aonde quer que eu vá”. Essa declaração foi publicada no Diário de Gloucester em julho de 1784. A Igreja Metodista da Inglaterra, fundada após sua morte, deve muito de seu fenomenal crescimento às Escolas Dominicais das Sociedades Metodistas da Igreja da Inglaterra, estabelecidas por Wesley, entre outros, na Inglaterra e nos Estados Unidos.

A Primeira Escola Dominical na América

Nos Estados Unidos, a primeira Escola Dominical reconhecida foi a escola bíblica fundada por William Elliot em 1802. Ela funcionava em sua fazenda aos domingos à tarde. Mais tarde, foi transferida para a Igreja (Anglicana) de Oak Grave, no condado de Accomac, Virgínia.
No começo do século XIX, foram fundadas muitas escolas dominicais nos mais diversos lugares dos Estados Unidos e o crescimento delas foi nada menos que fenomenal. Várias uniões formais de Escolas Dominicais foram organizadas, para ensino tanto de crianças quanto de adultos. Não demorou para que as Igrejas Evangélicas entendessem que era necessário ensinar a Bíblia a seus membros, em regime semanal, o que poderia ser feito, através da Escola Dominical. Em 1824, a União Americana de Escolas Dominicais contava com escolas em dezessete dos trinta e quatro estados americanos então existentes. Mesmo assim, a Escola Dominical continuava nas mãos de leigos em sua maioria, embora já contassem com profissionais do magistério então.

Fonte:
 

sábado, 11 de setembro de 2010

Quando um país se desenvolve.

O QI aumenta rapidamente quando um país se desenvolve?
Drauzio Varella escreve para a folha de São Paulo aos sábados na Ilustrada. Neste sábado ele falou sobre Inteligência e pobreza. Ele apresenta diversos trabalhos que demonstram que infecções parasitárias e QI trilham caminhos opostos. Confira:
Em 2005, N. Broder levantou a hipótese de que a inteligência, assim como outros traços psicológicos, é altamente plástica, portanto adaptável ao ambiente.  Como consequência, tende a crescer com escolaridade e com os desafios cognitivos impostos pelo meio, como os que surgem na migração do campo para a cidade. Baseado no fato de que  os níveis nacionais de QI são menores nos países com mortalidade infantil elevada e naqueles que os bebês nascem com baixo peso, Broder concluiu que saúde e nutrição podem afetar a inteligência.
Duas conclusões retiradas de vários estudos:
1) O QI de uma população é menor nos países em que as temperaturas permanecem mais altas durante o inverno. Tem certa lógica: frio e neve exigem maior criatividade para sobreviver.
2) Como regra, quanto mais distante da Etiópia estiver o país, mais alto o QI de seus habitantes. Tem a mesma lógica: quanto mais se afastou da terra natal,  mais desafios adaptativos o homem foi obrigado a vencer.
Cristopher Epping e colaboradores escreveram um artigo na pestigiosa Proceedings of The Royal Society, propondo uma explicação unificadora. Segundo eles, as causas apresentadas estão por trás de uma variável bem mais relevante: as infecções parasitárias.
Do ponto de vista energético, o cérebro é o órgão do corpo humano que mais consome energia:87% no recém-nascido, 44% aos cinco anos; 34% aos dez; 23% nos homens e 27% nas mulheres adultas.
As infecções parasitárias interferem com o  equilibrio energético:
  1. alguns microrganismos se alimentam de tecidos humanos que precisam ser reparados.
  2. outros vivem nos intestinos e prejudicam a absorção de nutrientes.
  3. para multiplicar-se, os vírus dependem da maquinaria de reprodução da célula, processo que exige energia.
  4. o hospedeiro infectado precisa investir energia para ativar o sistema imunológico; por longos períodos, nas infecções crônicas.
As diarreias na infância têm custo energético especialmente elevado. Primeiro, por causa da alta prevalência - estão entre as duas principais causas de óbitos em menores de cinco anos. Além disso, porque elas dificultam o aproveitamento de nutrientes.
Quadros diarréicos de repetição durante os primeiros cinco anos de vida podem privar o cérebro das calorias necessárias para o desenvolvimento pleno e comprometer a inteligência para sempre.
Um trabalho realizado no Brasil pelo grupo de Jardim-Botelho, mostrou que crianças escolares com ascaridiase apresentam performance mais mediocre nos testes de capacidade cognitiva. E, mais, naquelas parasitadas por mais de um verme intestinal os resultados são piores ainda.
A hipótese de que infecções parasitárias prejudicam o desenvolvimento da inteligência explica porque a média do QI aumenta rapidamente quando um país se desenvolve, porque o QI é mais alto nas regiões em que o inverno é mais frio (menos parasitoses) e porque nos países pobres os valores médios do QI são mais baixos. No Brasil, existem 38 milhões de residências sem esgoto. Geração de vagas em julho teve a maior elevação da história. Emprego na indústria e renda do trabalhador seguem em alta segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica).

Liderança é questão de testosterona, diz psiquiatra.Astúcia, falsidade, crueldade. Essas são "capacidades" determinadas biologicamente e que prevalecem nos líderes - seja no esporte, na política ou na economia. É o que propõe Adolf  Tobeña em "Celebro e Poder".  A testosterona é "o núcleo do poder", destaca, em nota de rodapé, que ela também é produzida nas mulheres. Os hormônios e a atividade cerebral são apontadas como causa dos padrões de comportamento. Para  Tobeña, um dos caminhos que a neurociência ainda tem a percorrer é a pesquisa sistemática do carisma, atributo crucial, do lider.
 O poder nos deixa insensíveis?

"Não há estado mental que não tenha por trás uma configuração do cérebro", diz  Eduardo Giannetti, economista, filósofo e professor do Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa. Escreveu o livro "A Ilusão da Alma".
Testosterona é um hormônio que determina um estado de ânimo eufórico.
A liberação desse hormônio determina um bom desempenho.
Descobriu-se que existe uma enzima cuja deficiência na produção se relaciona à propensão à violência.
Será que individuos com determinas características devem ser monitorados?
Oxitocina, um hormônio ligado à confiança que temos uns nos outros. Um teste envolvendo a divisão de dinheiro revelou que, depois da instalação da substância, o grau de propensão à generosidade (dividir a quantia de forma mais igualitária) aumentava 80%. Imputar culpa moral é algo que, provavelmente, vai ter que ser revisto?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Algumas informações importantes para gestantes.

Você está gestante? Pretende engravidar ou adotar? Em primeiro lugar parabéns!


Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão. Salmos 127:3
Louvai ao SENHOR todas as nações, louvai-o todos os povos. Salmos 117:1 
Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós. Efésios 4:6

É importante saber ou relembrar algumas informações, espero que sejam úteis para você ou para alguém que você conheça.
Ensina-me a fazer a tua vontade, 
pois tu és o meu Deus; 
guie-me o teu bom espirito por terreno plano.
(Salmo 143:10) 

Direitos da gestante que usa os serviços de saúde do governo 
- Ser atendida com respeito e dignidade pela equipe de saúde, sem discriminação de cor, raça, orientação sexual, religião, idade ou condição social. 
- Aguardar o atendimento em lugares arejados e limpos, tendo à sua disposição água potável e sanitários limpos. 
- Receber o Cartão da Gestante, que deve conter todas as anotações sobre seu estado de saúde, desenvolvimento da gestação e os resultados dos exames que fez. 
- Em todas as consultas de pré-natal, a equipe de saúde deverá medir sua pressão arterial, verificar seu peso, medir sua barriga e escutar o coração do bebê.

Sempre que for às consultas de pré-natal ou fizer algum exame necessário ao acompanhamento da gravidez, solicite ao serviço de saúde uma Declaração de Comparecimento. Apresentando-a à chefia, você terá sua falta no trabalho justificada

A gestante tem o direito de mudar de função ou setor no seu trabalho, caso ele possa provocar problemas para sua saúde ou a do bebê. Para isso, apresente à chefia um atestado médico comprovando que você precisa mudar de função.

A Lei Federal 10.048, de novembro de 2000, estabelece que gestantes e pessoas acompanhadas por crianças de colo terão atendimento prioritário nas repartições públicas, empresas concessionárias de serviços públicos e nas instituições financeiras. A lei diz ainda que as empresas públicas de transporte e as concessionárias de transporte coletivo precisam reservar assentos devidamente identificados a essas pessoas.

A Lei 11.108, de abril de 2005, estabelece que a parturiente atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tem o direito de escolher, entre amigos e parentes, uma pessoa da sua confiança para acompanhá-la e permanecer na sala de parto e também no pósparto.

Em 1992, a portaria GM/Ministério da Saúde no 1.016 obriga hospitais e maternidades vinculados ao SUS, próprios e conveniados, a implantarem alojamento conjunto, isto é, mãe e filho devem ficar juntos no mesmo quarto, 24 horas por dia. Serão separados apenas se um dos dois tiver algum problema. Esse direito também é previsto pela OMS

Licença-paternidade de 5 dias. Trata-se do direito que o homem tem de afastar-se do trabalho, sem qualquer prejuízo em seu salário, para prestar auxílio à mãe de seu filho, que não precisa ser necessariamente sua esposa.
Como funciona: o pai deve notificar o empregador sobre o nascimento de seu filho. Por sua vez, o empregador não pode negar a licença, pois a não concessão do direito pode implicar em reclamações trabalhistas.

Para amamentar o filho, até que complete seis meses de idade, a mãe tem o direito, durante a jornada de trabalho, a dois descansos especiais, de meia hora cada um.

Todo estabelecimento que empregue mais de 30 mulheres com idade acima de 16 anos deverá ter um local apropriado onde seja permitido às empregadas deixar seu filho no período de amamentação. Caso a empresa não possa instalar um berçário, deverá encontrar outro meio de colocá-lo à disposição de suas funcionárias, adotando um sistema de convênio com uma creche ou um sistema de reembolso-creche, que cubra as despesas efetuadas com o pagamento da instituição de livre escolha da empregada-mãe. Além dessa garantia até os seis meses, cada categoria profissional conta com uma regra específica em sua convenção que pode estender o benefício – mesmo que parcial – até que a criança esteja mais velha.

Dez direitos da gestante, segundo a OMS
1 – Receber informações sobre gravidez e escolher o parto que deseja.
2 – Conhecer os procedimentos rotineiros do parto.
3 – Não se submeter a tricotomia (raspagem dos pêlos) e a enema (lavagem intestinal), se não desejar.
4 – Recusar a indução do parto, feita apenas por conveniência do médico (sem que seja clinicamente necessária).
5 – Não se submeter à ruptura artificial da bolsa amniótica, procedimento que não se justifica cientificamente, podendo a gestante recusá-lo.
6 – Escolher a posição que mais lhe convier durante o trabalho de parto.
7 – Não se submeter à episiotomia (corte do períneo),que também não se justifica cientificamente, podendo a gestante recusá-la.
8 – Não se submeter a uma cesariana, a menos que haja riscos para ela ou para o bebê.
9 – Começar a amamentar seu bebê sadio logo após o parto.
10 – A mãe pode exigir ficar junto com seu bebê recém-nascido sadio.

O salário-maternidade é devido às seguradas empregadas, trabalhadoras avulsas,  empregadas domésticas, contribuintes individuais, facultativas e seguradas especiais, por ocasião do parto, inclusive o natimorto, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção.

Considera-se parto o nascimento ocorrido a partir da 23ª semana de gestação, inclusive em caso de natimorto.

A segurada desempregada terá direito ao salário-maternidade nos casos de demissão antes da gravidez ou, caso a gravidez tenha ocorrido enquanto ainda estava empregada, desde que a dispensa tenha sido por justa causa ou a pedido.


Nos abortos espontâneos ou previstos em lei (estupro ou risco de vida para a mãe), será pago o salário-maternidade por duas semanas.


O direito de licença-maternidade para a mãe adotiva foi garantido pela Lei 10.421/02. De acordo com essa lei, a licença varia de 30 a 120 dias, a depender da idade da criança adotada. Assim, a segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, é devido salário-maternidade durante os seguintes períodos:
  • 120 dias, se a criança tiver até 1 ano completo de idade;
  • 60 dias, se a criança tiver de 1 até 4 anos completos de idade;
  • 30 dias, se a criança tiver de 4 até completar 8 anos de idade.


A empregada gestante tem estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até o quinto mês após o parto.

Entende-se como data da confirmação da gravidez a data da gravidez em si, ou seja, ainda que a empregada tenha a confirmação médica em novembro que está grávida desde setembro, o fato gerador a ser considerado para fins de estabilidade é o mês de setembro.

No caso de demissão,  se comprovado que a data da confirmação da gravidez foi antes da demissão,  o empregador poderá ser obrigado a reintegrá-la ao quadro da empresa. Através de alguns julgados trabalhistas, observamos que o entendimento jurisprudencial é de que o que vale é a data da confirmação da gravidez e não a data da comunicação do estado gravídico ao empregador.

A legislação proíbe a exigência de teste, exame, perícia, laudo, atestado, declaração ou qualquer outro procedimento relativo à esterilização ou a estado de gravidez.


 A licença para gestante é de 120 dias com direito à manutenção do emprego e ao salário-maternidade. A empresa paga o salário-maternidade, compensando-se depois nos recolhimentos ao INSS.

Conforme estabelece a Lei 11.770/2008, que instituiu o Programa Empresa Cidadã, este prazo poderá ser prorrogado por mais 60 (sessenta) dias quando a empregada assim o requerer ou ainda quando a própria empresa aderir voluntariamente ao programa. A prorrogação será garantida, na mesma proporção, também à empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança.

Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licença-maternidade mediante concessão de incentivo fiscal, altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.

Hoje, 72 cidades e dez Estados têm leis que determinam a licença de seis meses. 

A Organização Mundial da Saúde recomenda que, para que o bebê cresça saudável, o leite materno seja o único alimento até os seis meses. Estudos mostram que o leite protege contra doenças no primeiro ano e ajuda a desenvolver a inteligência e a afetividade.

No caso de empregada doméstica,  da trabalhadora avulsa, da trabalhadora rual,  e ainda no caso da segurada que adotar ou obtiver guarda judicial de criança para fins de adoção o salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social.

Quanto ao período de carência, para a empregada avulsa e doméstica não há. Para a contribuinte individual e facultativa a carência é de 10 meses. A segurada especial embora não tenha carência, deverá comprovar o exercicio de atividade rural nos ultimos 10 meses imediatamente anteriores ao requerimento do beneficio, mesmo que de forma descontinuada.

A renda mensal do Beneficio está limitada ao salário do Ministro do STF e não ao teto previdenciário. Para a empregada a renda é igual a remuneração integral; Trabalhadora avulsa a renda mensal é igual a sua remuneração integral equivalente a 1 mês de trabalho. A Individual/Facultativo - 1/12  avos da soma dos 12 últimos salários-de-contribuição apurados não superiores a 15 meses, não podendo ser inferior  a um salário mínimo. Para a seguradora especial o valor da renda mensal do beneficio salário maternidade corresponderá a 1/12 avos do valor sobre o qual incidiu sua última contribuição anual, não podendo ser inferior a um salário mínimo.

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Os direitos trabalhista do empregado doméstico são reduzidos, no entanto, desde julho de 2006 temos  algumas alterações:
  • Gozo de férias anuais remuneradas com um terço a mais que o salário normal. A partir da Lei 11.324 de 19/07/2006, as férias passaram a ser de 30 dias corridos, em vez de 20 (vinte) dias úteis;
  • Estabilidade no emprego até o quinto mês após o parto, a partir da Lei 11.324 de 19/07/2006;
  • Salário maternidade sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 (cento e vinte dias - pago pelo INSS).
  • A empregada doméstica tem direito a licença maternidade a partir de 28 dias antes e 92 dias depois do parto, num total de 120 dias. Parto antecipado não provoca alteração nos prazos. Pelo regulamento dos benefícios (Art. 98), o salário maternidade da segurada empregada doméstica será pago diretamente pela Previdência Social, sendo uma renda mensal igual ao seu último salário de contribuição.
  • Salário de contribuição é o salário mensal do empregado, sobre o qual é descontada a alíquota do INSS.
  • Licença paternidade (5 dias);
  • Deve receber mensalmente pelo menos 1 (um) salário mínimo (de acordo com a Constituição Federal de 1988);
  • Irredutibilidade salarial;
  • Carteira de trabalho devidamente assinada;
O empregado doméstico ainda não tem direito:
  • Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS -opcional para o empregador);
  • Seguro Desemprego;
  • Benefício por acidente de trabalho.
  • Jornada de Trabalho (a legislação não prevê carga horária para o empregado doméstico. Será acertada entre as partes na contratação);
O empregado doméstico para garantir seus direitos deve:
  • Apresentar ao patrão/patroa a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) para ser registrada;
  • e a sua inscrição como contribuinte individual, que pode ser o número do PIS ou PASEP, caso não possua, deve-se fazer a inscrição no INSS como Contribuinte Individual.
Documentos
  • Cartão de Identificação do Contribuinte), se tiver;
  • Carteira de Trabalho e Previdência Social CTPS, assinada;
  • certidão de casamento ou nascimento;
  • Comprovante de residência.
Nota:
Para empregado que possue nº de PIS/PASEP, não é necessário fazer nova inscrição, a partir do primeiro pagamento da contribuição o empregado estará automaticamente inscrito.

Tabela da Previdência (INSS) e como contribuir
O desconto para a Previdência Social é de 8%, 9% ou 11% do salário registrado na Carteira de Trabalho do segurado mais 12% a cargo do empregador, totalizando 20% ou 23%, a ser recolhido mensalmente no carnê até o dia 15 do mês seguinte ao da competência.

Notas:
A contribuição do empregador é de 12% sobre o mesmo salário de contribuição (ou seja o salário contratual). Importante lembrar que, sobre férias e terço também incide a contribuição previdenciária Se estiver em débito, procure um Posto de Arrecadação e Fiscalização do INSS para que sejam efetuados os cálculos do recolhimento das contribuições em atraso.

Fonte:
www.unicef.org/programme/breastfeeding/baby.htm _ 
www.aleitamento.med.br _
www.aleitamento.org.br
http://www.previdenciasocial.gov.br/
www.guiadedireitos.org